Chineses querem trocar tecnologia e investir no setor elétrico brasileiro

A troca de tecnologia nos setores de infraestrutura, particularmente na exploração de petróleo e de energia elétrica, é um dos interesses dos chineses no país. Além disso, eles querem formar joint ventures (associações de empresas) para investir no setor elétrico brasileiro.

A informação é do vice-presidente do Comitê Permanente da Conferência Consultiva e Política da China (equivalente ao cargo de vice-presidente do país), Huang Megfu. Ele está no país, chefiando uma delegação de 15 empresários. Em visita à Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Huang Megfu disse que o objetivo do grupo é estreitar e tornar permanentes as ligações comerciais com o empresariado brasileiro.

Ele reafirmou o interesse no intercâmbio tecnológico e na manutenção de negócios com empresas brasileiras como a Vale do Rio Doce e a Petrobras, para absorver tecnologia em exploração de petróleo em águas profundas. Além disso, eles forneceriam know-how para a instalação de uma nova refinaria da estatal brasileira na região Sudeste do país, para processar combustíveis e insumos petroquímicos a partir do petróleo extraído do poço de Marlim, na Bacia de Campos.

O estreitamento das relações do Brasil com a China vem se intensificando desde maio deste ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou aquele país, chefiando um delegação de cerca de 400 empresários ligados ao setor de manufaturados. No mês passado, o presidente chinês, Hu Jintao, esteve no Brasil.

Atualmente, os chineses já contam com tecnologia brasileira na construção da hidrelétrica de Três Gargantas, que vai retirar de Itaipu a condição de maior do mundo.

Participando de investimentos em infraestrutura, os chineses estreitariam ainda mais este intercâmbio comercial (que no próximo ano deve envolver cerca de US$ 10 bilhões), como também poderiam vender máquinas e equipamentos para o setor elétrico brasileiro.

Huang Megfu não quis, no entanto, adiantar as negociações que já estariam sendo feitas entre os dois países. "Estamos abertos a boas oportunidades de negócios", afirmou.

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