O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou hoje (11), em entrevista à "Rádio Eldorado", que a melhor proposta para preservar a imagem tradicional do PT é a investigação das questões internas e administrativas do partido.

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No momento em que a legenda passa pela maior crise dos seus 25 anos de história por conta das denúncias de envolvimento no pagamento de "mensalão" a deputados da base aliada do governo ele destacou que os valores éticos do partido estão mantidos e que haverá punição para quem for comprovadamente culpado. "No conjunto da legenda, eu diria milhares e milhares de militantes, esses valores éticos estão preservados. Ocorre que a direção do partido acabou enveredando por caminhos desconhecidos e sob questionamento", comentou. "Tem que investigar tudo. Ao final é que nós vamos saber dos fatos, quem tem responsabilidade e qual é. Quem tiver vai ser punido." Chinaglia disse que é natural que a desconfiança em relação ao partido tenha aumentado com os recentes fatos divulgados pela mídia, mas ressaltou que o valores que sempre serviram de bandeira para os militantes petistas permanecem vivos. "Eu creio que o sonho pode não ter acabado, como não acabou", opinou.

Aliança PT-PSDB

O deputado descartou uma aproximação entre PT e PSDB para uma eventual aliança em um curto espaço de tempo, como alguns membros petistas chegaram a defender nas últimas semanas. Segundo ele, há elementos de disputa política que não permitem esta união e um passado recente em que decisões e posturas tucanas, como o processo de privatização do setor elétrico e o câmbio fixo adotado no início do Plano Real, divergem em grande parte das adotadas pelo PT. "A curto prazo, eu, sinceramente, vejo isso com dificuldade", comentou.

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