O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), questionou, de forma indireta, a falta de transparência no caso do foro privilegiado que permitiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) soltar os magistrados que foram presos na Operação Hurricane (furacão, em inglês) da Polícia Federal (PF). "Pelas manifestações da Ordem dos Advogados do Brasil, aqueles que são profissionais do Direito entendem que o Supremo deveria de alguma maneira explicitar quais são os critérios do chamado foro privilegiado ou não", disse Chinaglia.

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Ele, no entanto, considerou que a sociedade está atenta e que não haverá forma de evitar o julgamento dos envolvidos nas supostas ilegalidades. "Não tenho alcance jurídico e não me cabe julgar decisões de outro Poder. Creio que não há possibilidade de, por caminhos outros, de não se fazer Justiça. A sociedade está acompanhando e o próprio Poder Judiciário, em algum momento vai julgar", afirmou.

Chinaglia criticou as polícias que apenas agem para reprimir os jogos ilegais, como a exploração de máquinas caça-níqueis, depois que eles já estão em funcionamento, mesmo sabendo que são proibidos. "O que eu lamento é que, mesmo havendo a proibição, os poderes responsáveis pela repressão não o façam. Para mim é inadmissível que as decisões venham após o fato consumado", disse Chinaglia. "Os poderes tinham de agir para impedir, dado que a lei não permite", completou.

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