O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), declarou-se nesta terça-feira (27) favorável a uma saída negociada em torno da votação do veto presidencial imposto à Emenda 3, que trata das relações entre empresas convencionais e empresas prestadoras de serviço formadas por um só pessoa, e propôs que representantes dos sindicatos dos trabalhadores, dos empresários, do governo e da oposição no Congresso se sentem à mesa de negociação em busca de uma solução equilibrada. Chinaglia fez a declaração em discurso para uma platéia de cerca de 600 sindicalistas, no auditório Nereu Ramos, reunidos em mobilização a favor da manutenção, no Congresso, do veto presidencial à Emenda 3.

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"A luta para que haja uma saída que não comprometa o emprego formal dos trabalhadores tem meu apoio", declarou Chinaglia, sob aplauso dos sindicalistas. Ele salientou, no entanto, que seu papel de presidente da Câmara lhe impõe a função constitucional de dirigir os trabalhos no sentido de compor uma saída negociada.

O deputado lembrou que já foi presidente de sindicato e disse que exigir que um trabalhador monte uma empresa "é uma forma de burlar a legislação trabalhista." Chinaglia qualificou de fundamental que o fiscal do Ministério do Trabalho possa fazer seu papel "para que o trabalhador não tenha seus direitos agredidos.

O presidente da Câmara se comprometeu a mobilizar os líderes partidários para que seja montado um grupo de trabalho, com participação das entidades representativas dos empresários e dos sindicatos dos trabalhadores. Esse grupo, segundo ele, "é o caminho mais curto e eficaz na construção de uma proposta que possa atender a todos.

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