Antes de embarcar para Belo Horizonte (MG), o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou hoje que vai incluir na pauta de votações da próxima terça-feira a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto nos processos de cassação de mandatos de parlamentares.

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Chinaglia disse que está "absolutamente tranqüilo" em relação à votação de ontem do requerimento que impediu a instalação da CPI do Apagão Aéreo, transferindo para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma decisão a respeito do assunto.

O encaminhamento da decisão à CCJ irritou os oposicionistas na Câmara, que o definiram como estratégia do governo para impedir de vez a instalação da comissão parlamentar de inquérito e anunciaram que passarão a obstruir as votações na Casa. Chinaglia disse não temer que o episódio venha a prejudicar a votação, em plenário, de projetos de interesse do Executivo. "Eu respeito o trabalho de todos e, portanto, aquilo que for regimental quem tiver maioria leva. Vai ser simples assim", afirmou Chinaglia.

O deputado reafirmou que se comportou "democraticamente" na sessão de ontem em relação à questão da CPI. Chinaglia evitou comentar as três representações apresentadas ontem pelo PSOL ao Conselho do Ética da Câmara pedindo a reabertura de processos contra três deputados reeleitos em outubro: Paulo Rocha (PT-PA), Waldemar Costa Neto (PR-SP) e João Magalhães (PMDB-MB). Os dois primeiros foram acusados, no mandato anterior, de envolvimento no mensalão; e Magalhães era suspeito de associação ao esquema das sanguessugas.

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"Eu não creio que o clima da legislatura passada, que teve altíssimas temperaturas, vá se repetir nesta legislatura", observou o presidente da Câmara.

O deputado passa o dia em Belo Horizonte onde terá um encontro com o prefeito da cidade, Fernando Pimentel (PT).

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