O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), discordou radicalmente das declarações do presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), que acusou o governo de estar provocando o "fechamento virtual do Congresso" com o excesso de medidas provisórias, à semelhança do que era feito pelo regime militar com os decretos-leis.

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Chinaglia argumentou que o Congresso, com a atuação da oposição, mudou a Constituição para obrigar que as medidas provisórias fossem votadas. Para ele, Severino se esqueceu de que as medidas provisórias anteriores à nova regra eram reeditadas indefinidamente. "Se alguém foi perseguido pelos tempos sombrios da ditadura, são os que hoje felizmente estão no poder", disse. Chinaglia considerou ainda que Severino "botou pressão e quer estar em sintonia da sociedade".

O líder do PSB, Renato Casagrande (ES) considerou que Severino fez um discurso forte e que realmente há um excesso de medidas provisórias editadas pelo governo. Mas ponderou que, comparativamente, Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, recorreram às MPs de forma igual. "Temos que saber que o problema é causado pelo governo, mas a solução é do Congresso. Vamos criticar, mas sabendo que vamos ter de resolver por aqui", disse Casagrande.

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