A China não tem planos de realizar um novo teste de mísseis anti-satélite, disse hoje o ex-chefe da Defesa do Japão Fukushiro Nukaga, após citar uma conversa com ministro da Defesa chinês, Cao Gangchuan. Nukaga disse aos repórteres japoneses que Cao afirmou em uma entrevista que "a China conduziu o último teste com propósito científico e não teve como alvo nenhum país. Por isso, o ocorrido não quebra nenhum acordo".

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O teste foi muito criticado pela comunidade internacional como uma exibição da capacidade militar da China. Não provocou apenas o Japão, um rival da região, mas outros países como a Coréia do Sul que dependem dos satélites para comunicação. Pequim levou duas semanas para confirmar o teste realizado em 11 de janeiro, o que gerou dúvida em líderes sobre as intenções chinesas. Diversos países expressaram sua preocupação com a possibilidade do teste danificar outros satélites em órbita.

A Rússia e os Estados Unidos já conduziram testes similares, mas interromperam estas práticas nos anos 80.

Desde o dia do polêmico teste, Pequim mostrou o desejo de trabalhar ao lado de outros países para um acordo que visa prevenir armas no espaço. No entanto, em outubro de 2006, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou seus direitos de possuir armas espaciais.

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