O embaixador do Chile no Brasil, Osvaldo Puccio, garantiu hoje que não foram registrados casos de difilobotríase em seu país ou em outros importadores de salmão chileno. O peixe é o principal suspeito de abrigar um parasita conhecido como "Diphyllobotrium latium spp", responsável pela difilobotríase, doença que causa dor abdominal, diarréia, flatulência, vômito e, nos casos mais graves, anemia e perda de peso. No último ano o Brasil teve 27 casos.
"Os Estados Unidos compram dez vezes mais salmão que o Brasil e nunca detectaram nenhum caso da doença", comentou Puccio, que se reuniu hoje com o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, José Fritsch. O embaixador lembrou que o salmão vendido aos norte-americanos também é fresco e produzido em fazendas de cultivo, como o vendido ao Brasil. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa da secretaria.
De acordo com Puccio, os laboratórios estatais chilenos, reconhecidos internacionalmente, fizeram mais de 100 testes em amostras de salmão e em nenhuma delas foi detectada a presença do parasita. O governo chileno vai repassar à secretaria um relatório a respeito das metodologias de segurança e produção do salmão. Também podem ser feitas visitas técnicas ao Chile.
Para o ministro Fritsch, o encontro com o embaixador chileno foi importante porque serviu para aproximar ainda mais os dois países e esclarecer a população. "Até agora não se tem certeza de que o salmão importado é mesmo o causador do problema", comentou Fritsch.
