O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chignalia(PT-SP), afirmou hoje na sede do PT, em São Paulo, que descarta a hipótese da costura de um acordo para minimizar os impactos das investigação conduzida pela CPI dos Correios. "O conjunto dos deputados não concorda, e a sociedade também não aceitaria", afirmou.
Segundo Chignalia, a tentativa de se fechar um acordo parte principalmente daqueles parlamentares citados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como receptores ou operadores do mensalão. "O problema é que quando (o processo) vai para o Conselho de Ética impede a renúncia do deputado. Então, até onde eu percebi, eles querem evitar essa situação", afirmou.
Chignalia evitou confirmar a suposta tentativa de fechamento de acordo que teria sido conduzida pelo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti. Mas admitiu a hipótese de Severino ter sido procurado por estes deputados que se sentem ameaçados. O líder do governo cobrou maior pragmatismo da CPI na condução dos trabalhos. "A turma do flash tem que se acalmar. A CPI tem de ter um plano de trabalho definido", disse.