O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dona Marisa participam em Roma da
cerimônia de sepultamento do corpo do Papa João Paulo II. Após a missa solene,
encerrada há pouco, os chefes de Estado, inclusive o presidente Lula, entraram
na Basílica de São Pedro para acompanhar o sepultamento na cripta da basílica,
onde estava enterrado o Papa João XXIII até o ano 2000, quando foi
beatificado.
O Papa será sepultado na terra, conforme desejo expresso em
seu testamento espiritual divulgado ontem (7). A sepultura deve ser simples,
apenas com uma lápide de mármore, também de acordo com desejo do Papa. O polonês
Karol Wojtyla morreu no último sábado (2), aos 84 anos, após um pontificado de
mais de 26 anos.
Durante nove dias, a contar de hoje, até 17 de abril, o
Vaticano ainda prestará homenagens a João Paulo II com rituais que terminarão na
véspera do início do Conclave, a reunião do colégio de cardeais que escolherá o
novo Papa, marcado para o dia 18 e sem data para terminar.
Estima-se que
cerca de um milhão de pessoas tenham acompanhado a cerimônia na Praça São Pedro
e arredores do Vaticano. Dez telões foram instalados para quem não pôde chegar
perto do altar. Durante a madrugada, as ruas próximas ao Vaticano se
transformaram em dormitório. Milhares de pessoas deitadas nas calçadas esperavam
o dia amanhecer para dar o último adeus ao Papa.
Os chefes de Estado
prestam neste momento as últimas homenagens ao pontífice. Lula e dona Marisa vão
participar de almoço privado na embaixada do Brasil. À tarde, a partir das 16
horas (11 horas em Brasília), Lula terá reuniões com os presidentes da
Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón, da Áustria, Heinz Fischer, e de
Moçambique, Armando Emílio Guebuza. A agenda termina com jantar privado na
embaixada. Ainda não está confirmada a agenda do presidente para amanhã
(9).
O presidente brasileiro permanece na capital italiana até domingo
(10), quando embarca, às 12h30, para Camarões, na África, primeira escala de uma
visita a cinco países daquele continente.
