Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República é convocado pela CPI

Com voto de minerva do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), foi aprovado um requerimento do relator, senador Garibaldi Alves PMDB-RN), convocando para depor o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

A votação havia empatado por 6 votos contra 6, quando Morais a desempatou. O resultado mostra o fracasso da ofensiva do governo de impedir a convocação de Carvalho, atraindo para a CPI membros da comissão que nunca comparecem, como Luiz Otávio (PMDB-PA), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e o estreante Eduardo Suplicy (PT-SP), que passou a ocupar a vaga do senador Sibá Machado (PT-AC).

A data do comparecimento do chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República ainda não foi marcada, mas é possível que isso ocorra na quinta-feira.

Carvalho foi citado no depoimento do médico oftalmologista João Francisco Daniel, irmão do prefeito de Santo André, no Grande ABC (SP), Celso Daniel, que foi assassinado, como quem que lhe teria revelado, em três ocasiões, a existência de um esquema de extorsão na prefeitura em favor do PT. Segundo Francisco Daniel, Carvalho lhe teria dito que cabia a ele levar o dinheiro extorquido de empresas contratadas da administração municipal para o então presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP).

O senador Tião Viana (PT-AC) tentou convencer os colegas da CPI a aceitarem que o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência prestasse depoimento por escrito. A sugestão foi rejeitada, mas, em troca, os membros aceitaram uma proposta de Tião Viana para que Carvalho deponha em sessão fechada, se assim o desejar.

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