O chefe de Gabinete do Ministério da Fazenda, Juscelino Dourado, pediu demissão do cargo, e o ministro Antonio Palocci aceitou. Segundo nota há pouco divulgada pela assessoria do ministério, em carta a Palocci, Dourado diz que tem segurança da firmeza com que lidou com os assuntos de responsabilidade dele. Na carta, Dourado informa ao ministro da Fazenda que se pôs à disposição do Senado para esclarecer todo e qualquer assunto referente à conduta pública e privada. "Estou com a consciência tranqüila de que realizei minha missão, de que não fugi do caminho ético que sempre norteou e norteará a minha vida", afirma na carta. "Deixo minha atual função com a certeza de ter sido leal, dedicado, respeitoso e justo com todos os que conviveram comigo, ao longo destes anos", continua Dourado, que é acusado de envolvimento com o ex-secretário de Governo da prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Rogério Tadeu Buratti. Ainda na carta, ele lembra que dedicou 20 anos da vida à militância política, dos quais 13 trabalhando ao lado de Palocci, no Executivo e no Legislativo. "Volto para casa com o sentimento do dever cumprido e de que não desperdicei os melhores anos da minha vida", afirma. O ministro da Fazenda, também em carta a Dourado, diz aceitar o pedido de afastamento dele, "com respeito e compreensão". "Tenho absoluta certeza da seriedade e lisura com que você lidou com os assuntos da sua responsabilidade", diz o ministro. Ele afirma ainda que Dourado e família devem sentir orgulho da atividade pública dele. "Sou testemunha da lealdade, dedicação e competência com que desempenhou suas funções em todos estes anos", afirma.
Chefe de Gabinete do Ministério da Fazenda pede demissão
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