O chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, disse neste sábado (21) que não teme investigações da Polícia Federal nem da CPI dos Sanguessugas. ?Não tenho nada a esconder e estou pronto para dar todo esclarecimento que for necessário em qualquer instância?, afirmou. ?Só espero que a CPI não se transforme em mero instrumento de luta política, como foi a CPI do Fim do Mundo, que acabou desmoralizada?, completou, numa referência à CPI dos Bingos.

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Carvalho disse não ter feito nada de errado ao telefonar no dia 15 de setembro, uma sexta-feira, para o petista Jorge Lorenzetti apontado pela PF como o homem que articulou a compra do dossiê Vedoin contra tucanos. ?Eu cumpri um dever de Estado, de buscar informações para o presidente Lula frente a uma notícia imprecisa que havia chegado?, argumentou.

O rastreamento telefônico da PF revelou duas ligações entre Carvalho e Lorenzetti. Questionado sobre o motivo de ter discado justamente para Lorenzetti – já que o nome do petista ainda não havia sido mencionado no escândalo -, o chefe de gabinete foi taxativo: ?Eu telefonei para a pessoa que era da área de informação da campanha, a respeito da qual não pesava nenhuma suspeição naquele momento.

Amigo de Lula desde a década de 80, Lorenzetti é citado pelo presidente como integrante do ?bando de aloprados? que negociou o dossiê com o empresário Luiz Antônio Vedoin por R$ 1,75 milhão. ?Ao invés de ficar comprando dossiê, ele deveria buscar informações do que os adversários preparavam contra nós?, disse Carvalho.

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