"A direita implanta um discurso divisionista", afirmou o presidente venezuelano Hugo Chávez. "Alguns dizem que há uma esquerda louca, que sou eu e Fidel Castro e, agora, Evo Morales. E que há os estadistas, como Lula, Nestor Kirchner e Tabaré Vasquez".
Segundo ele, essa comparação é uma tentativa de dividir a esquerda latino-americana.
"No essencial, estamos todos caminhando na mesma direção", disse, referindo-se a seus colegas presidentes. Chávez fez um discurso de duas horas na noite de ontem (27) no ginásio Poliedro, periferia sul caraquenha. O presidente foi convidado a falar pela Assembléia Mundial de Movimentos Sociais, encontro que ocorre, desde 2001, dentro do Fórum Social Mundial.
À mesa, sentaram-se alguns militantes para representar, cada qual, uma organização ou luta diferente. Estavam presentes Camille Chalmers, que critica a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), a quéchua Blanca Chancoso, da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, e Cindy Sheehan, mãe de um soldado morto na invasão dos Estados Unidos no Iraque. Também o presidente do Congresso cubano, Ricardo Alarcón.