CGU: empregados dos Correios teriam recebido propina na compra de cofres

A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um possível pagamento de propina a empregados das áreas de Administração e Contratação, Engenharia e Patrimônio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na compra de cofres eletrônicos. A informação consta do segundo relatório da CGU divulgado nesta segunda-feira.

Os auditores da CGU analisaram dois contratos da ECT no valor de R$ 8,2 milhões para a aquisição de 1.520 cofres equipados com fechaduras eletrônicas para as unidades onde há movimentação de dinheiro, como o Banco Postal. A análise indicou que a empresa Fortex entregou os cofres com fechaduras comprovadamente mais baratas do que as especificadas no contrato sem o respectivo desconto, que chegaria a R$ 612 mil.

Também foram encontradas irregularidades nos serviços de manutenção de equipamentos de informática, como a contratação de uma empresa em caráter emergencial, por dois meses, com valor superior R$ 408 mil ao preço conseguido meses após, com licitação.

A auditoria da CGU constatou ainda uma redução injustificada do período de garantia dos contratos para a aquisição dos selos lacres, que passou de um ano para apenas um mês, além da demora na aplicação de multa por atrasos.

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