A Central Estadual de Transplantes (CET-PR), órgão da Secretaria de Estado da
Saúde, está alertando para a necessidade de aumentar a doação de órgãos. Em 2003
foram realizados 807 transplantes no Paraná, já em 2004, o número chegou a 991.
De janeiro a maio deste ano foram realizados 324 transplantes, mantendo a média
em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo assim, a fila de
espera de receptores é grande. Atualmente, existem 4.273 pessoas na fila de
espera no Paraná para a recepção de um órgão. Destes, 57,2% são homens e 42,8%
são mulheres. O tempo de espera mínimo é de, em média, um ano, porém dependendo
da compatibilidade este tempo pode aumentar consideravelmente.
De acordo
com o Coordenador da Central Estadual de Transplantes, Carlos Renato d?Avila, se
20% das pessoas que morrem doassem seus órgãos, não haveria filas de espera.
?Com uma doação de múltiplos órgãos e tecidos é possível beneficiar com
transplantes mais de uma dezena de pessoas?, explicou. ?O tempo é o maior
inimigo de quem precisa de um transplante, dependendo do tipo de órgão e do
tempo de espera na fila, pessoas podem morrer antes que seja viabilizada uma
doação?, afirmou.
Um dos maiores obstáculos enfrentados é a falta de
informações dos vários segmentos da sociedade quanto aos processos de doação e
de transplantes. Todos os transplantes realizados no Brasil, seja no SUS ou na
área privada, são realizados por estabelecimentos e equipes devidamente
autorizadas pelo SNT/Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
?É importante que as pessoas saibam que existe uma legislação rigorosa que
regulamenta a doação de órgãos?, disse d?Avila.