Com alta de 9,29%, a cesta básica do trabalhador curitibano apresentou em novembro a maior variação do ano, a maior desde abril de 95 (12,13%) e a quinta maior desde o início do Plano Real (julho/94).
As dezesseis capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) tiveram elevação, mas Curitiba teve o segundo maior aumento, ficando com a terceira cesta mais cara do País (R$ 150,65). Nos últimos cinco meses, a alimentação essencial encareceu 20% na capital paranaense. No ano, o custo da cesta variou 15,29% e nos últimos doze meses, 16%.
A elevação da cesta em novembro surpreendeu os técnicos do Dieese, já que os meses de novembro costumam apresentar baixas variações. “Historicamente, o maior aumento dos preços agrícolas ocorre de julho a outubro, devido à entressafra. Por isso, não esperávamos um aumento dessa magnitude em novembro”, comentou o economista Cid Cordeiro, supervisor técnico do Dieese.
Em novembro do ano passado, a alta foi de 1,97%. “Observa-se claramente que a alimentação está pressionando a inflação, indicando que as famílias de baixa renda sofrem o maior impacto já que alimentação e preços administrados são os itens que mais pesam nos seus orçamentos”, ressaltou.