Ou seja, a percepção de que será necessário a realização de segundo turno entre o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e o candidato da aliança PSDB-PMDB, José Serra, se tornará mais clara quando atingidos esses porcentuais de votos e eles representarem uma dispersão equilibrada da eleição presidencial em todo o País.
Assim mesmo, para que se possa dizer que o segundo turno tornou-se inevitável, é preciso que se mantenham as proporções de votos obtidas pelos candidatos até esse momento, com cerca de 59% dos votos apurados. Nesse quadro, Lula-se oscila na faixa dos 46% dos votos válidos, e Serra na dos 24%.
Jordão observa, também, que seria importante saber de que Estados e regiões vêm os votos já apurados, se de redutos de maioria petista ou de redutos onde Serra melhorou seu desempenho. Se esses votos pertencem às grandes e médias cidades, esse fato poderá beneficiar Serra, que espera ter uma votação mais expressiva nos pequenos municípios.
Se com 90% dos votos apurados eles representarem uma dispersão equilibrada da eleição ?aí poderemos dizer se haverá ou não segundo turno com um grau de certeza elevado?, explicou a analista. Mas se ocorrer o contrário, e a apuração se aproximar do resultado da pesquisa de boca de urna do Ibope, que atribuiu 49% de votos para Lula, a certeza só virá com totalização final dos votos.