Mais de 500 mil pessoas em todo o Brasil podem, de forma irregular, receber mensalmente os pagamentos de aposentadorias e pensões da previdência social ? por causa de fraudes ou por de falta de comunicação à instituição sobre o falecimento do titular do benefício. A informação foi dada hoje pelo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Moysés Simão, ao iniciar, no Hotel Mar Olinda, uma reunião com gerentes executivos do instituto no Nordeste.

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A idéia do encontro é debater o planejamento estratégico do INSS, que passará a valer a partir de 2006. Moysés Simão disse que o censo previdenciário, iniciado no início deste mês para atualizar dados cadastrais, vai evitar fraudes, reduzir custos e melhorar o atendimento, contribuindo para que as atividades ilícitas sejam responsabilizadas criminalmente.

"O censo é fundamental para que a previdência conheça a quem está pagando os benefícios. Sabemos que existem milhares de pessoas cadastradas no sistema previdenciário que não sabemos se são homens ou mulheres, nem se estão na área urbana ou rural" explicou.

Sobre as mudanças previstas no INSS, no sentido de reduzir filas e agilizar o trabalho nos postos de atendimento, ele destacou que todos os equipamentos de informática serão substituídos para melhorar o tempo de resposta do sistema. Disse dos 27 mil computadores já adquiridos, 16 mil vão ser entregues ainda este ano.

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O presidente do INSS disse ainda, que por outro lado, as pessoas podem ter acesso à instituição por meio da internet, na qual são disponibilizadas 70% dos benefícios, a exemplo de auxílio doença, salário maternidade e pensão por morte.

Ele anunciou que vai ser aberto em breve, um novo concurso, para preenchimento de 1.500 vagas de perito médico da previdência social, com nomeação de 750 aprovados já no início de 2006. "Essa força de trabalho é fundamental para que a previdência substitua os médicos terceirizados que realizam perícias, por meio de credenciamento", observou.

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A gerente regional do INSS, Nara Castilho, informou que será implantado nos assentamentos de reforma agrária do Ceará um projeto piloto, para que jovens capacitados, nos centros rurais de inclusão digital, mantidos por meio de convênio entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Universidade Federal do Estado.

O projeto prevê mais acesso dos trabalhadores aos serviços e benefícios previdenciários "Eles podem disseminar informações e fazer acompanhamento de processos, além de simular valores de aposentadorias."

O planejamento de 2006 inclui também um estudo para ampliar os investimentos no número de agências do INSS e valorizar os servidores, por meio de um plano de cargos e salários. O instituto possui atualmente 39 mil funcionários em todo o país.