Cerca de 22 morreram em novo dia de conflitos no Iraque

Pelo menos 22 pessoas foram assassinadas neste sábado (14) em diferentes ataques e atentados ocorridos no Iraque. A maior parte das vítimas perdeu a vida em episódios de violência sectária entre sunitas e xiitas. Ontem à noite, a polícia encontrou mais 17 cadáveres decapitados – vítimas da crescente espiral de violência sectária que varre o país – em Duluiyah, a cerca de 75 quilômetros ao norte de Bagdá.

Neste sábado, no centro da capital, duas bombas escondidas em automóveis explodiram num estacionamento, matando uma pessoa e ferindo outras quatro. As explosões provocaram um incêndio que atingiu outros veículos parados no local e um edifício nas proximidades. Em Mahmudiya, cerca de 30 quilômetros ao sul de Bagdá, quatro pessoas de uma mesma família xiita foram assassinadas em casa por agressores que não foram identificados. Segundo testemunhas, os integrantes do bando usavam fardas militares.

Outras sete pessoas morreram em conseqüência de um ataque com granadas de morteiros nos arredores de Baquba, no nordeste. Em Diwaniyah (130 quilômetros ao sul de Bagdá), pistoleiros mataram a tiros um professor que saía de casa. Os 17 corpos decapitados localizados ontem à noite estavam em um pomar na cidade de Duluiya. Os mortos faziam parte de um grupo de trabalhadores da construção civil que haviam sido seqüestrados na quinta-feira quando voltavam para casa, na cidade de Balad, predominantemente xiita.

Segundo a polícia, o episódio foi uma vingança pelo assassinato de três iraquianos sunitas no dia anterior. Os três teriam sido seqüestrados por uma milícia xiita que age em Balad. Seus corpos queimados foram localizados horas mais tarde. Neste sábado, mais quatro cadáveres com sinais de tortura e execução foram encontrados em outras partes do país.

Arsenal

Enquanto isso, soldados americanos encontraram 53 arsenais de armas clandestinas em diferentes locais ao sul de Bagdá durante operações de busca realizadas nos últimos cinco dias. Segundo um comunicado emitido pelo comando militar dos Estados Unidos, a maioria dos arsenais ficava na região de Yusufia, a cerca de 30 quilômetros da capital.

A região é conhecida como "triângulo da morte" e inclui as cidades de Mahmudiya e Latifiya, onde a violência sectária é uma constante. Dezenas de pessoas foram seqüestradas e assassinadas nos últimos meses. Entre o material apreendido pelos americanos havia armas pesadas, entre elas mísseis terra-ar e munição de diversos calibres.

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