Se há muito espaço para a prática livre do esporte na capital paranaense, quem prefere ter atividades agendadas também pode tê-las gratuitamente. Espalhados pela cidade estão 27 Centros Integrados de Esporte e Lazer, coordenados pela Secretaria Municipal do Esporte. Nestes locais são oferecidas escolinhas de vôlei, basquete, futsal e outros esportes. Para os adultos, há musculação, boxe e outras atividades.
Segundo o coordenador do Centro Dirceu Graeser, Carlos Venâncio, a idéia é proporcionar mais qualidade de vida às pessoas. ?É uma jogada estratégica. Cuidando bem do corpo as pessoas não ficam tão doentes, dando uma carga menor ao sistema de saúde. Para os mais jovens, a prática de esportes os mantêm longe da ociosidade e das drogas?, diz.
Venâncio está no comando do maior centro de Curitiba, localizado na Praça Oswaldo Cruz, no centro de Curitiba. Lá, até natação é oferecido aos curitibanos, em uma piscina aquecida que funciona até mesmo no inverno. ?Temos 69 turmas, com atividades para todas as idades e gostos. A ginástica olímpica, por exemplo, pode ser praticada por crianças a partir de quatro anos?. Para participar das aulas os alunos não pagam nada, mas têm que ficar atentos aos períodos de inscrições. ?É muita concorrência e a pessoa deve ficar atenta aos dias em que abrimos as inscrições?. As datas são divulgadas no site www.curitiba.pr.gov.br.
O estudante Fernando José escolheu o basquete e vem de Araucária para os treinos. ?Quero ser um grande jogador e aqui tenho oportunidade?, diz.
Para quem prefere uma liberdade maior para a prática também têm à disposição a quadra externa de basquete. Deny Moura freqüenta a quadra quase todos os dias. ?É bacana não só para praticar esportes, mas também para fazer amigos?.
Moradores de Curitiba também gostam de esportes radicais
Pai e filho com seu skate. |
Não são apenas os esportes mais comuns que podem ser praticados pelos curitibanos. Quem curte práticas radicais, como o skate, também têm espaços públicos para se exercitar. Além dos jardins ambientais, há pistas espalhadas pela cidade como na tradicional Praça do Gaúcho, ponto de encontro da turma do skate.
No terreno irregular, os rapazes se equilibram na prancha e dividem o espaço com que está aprendendo ou que já é fera no esporte. ?Aqui é muito bacana. Eu já freqüento há quatro anos e é uma grande diversão. É uma boa maneira de acabar com o estresse?, diz Luciano Bueno dos Santos. Ele fala que a pista é um espaço bem democrático e freqüentado por muitas crianças. ?Tem gente que ainda está aprendendo, mas há garotos que já são feras. Se não houvessem esses espaços, eles não teriam onde praticar?.
Para Alexandre Fernandes, o grande barato dos espaços para a prática de skate é sociabilização que o esporte promove. ?Além de andar de skate, a gente faz muitas amizades. É uma tribo grande e um respeita o outro. Quando a pista está congestionada, a gente se organiza para que todo mundo possa andar um pouco?.
A única reclamação dos rapazes é que devido ao aumento constante do número de praticantes do esporte, poderia haver mais pistas espalhadas pela cidade. ?Há alguns espaços nos jardins ambientais e também tem uma pista na Praça do Atlético (Praça Afonso Botelho). Mas pela demanda, pode ter muito mais?, diz Fernandes.