Em tempo de campanha eleitoral e promessas esbanjadas pelos candidatos, como se fossem semeadores de ilusões, seria louvável que dessem algum espaço em seu planejamento para a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (Picte), patrocinada pelo governo federal e sustentada por linhas de crédito abertas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Iniciada em 2004, a Picte conta também com o apoio irrestrito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que ao longo dos dois últimos anos destinou cerca de 60% de seus fundos setoriais para dar respaldo a projetos da área. Um total aproximado de R$ 1,5 bilhão foi investido na montagem de centros de excelência em tecnologia eletrônica avançada, como uma fábrica de semicondutores em Porto Alegre, RS.

Há um vasto campo a ser explorado na produção de protótipos de circuitos integrados (chips) de aplicação específica em telecomunicações, informática, entretenimento e eletrônica embarcada.

Até esse momento não se conhece o que pensam os candidatos ao governo estadual sobre o desenvolvimento da indústria tecnológica, já que tanto falam em estimular a geração de empregos e renda. Para se ter idéia do potencial da demanda mundial por circuitos integrados para celulares, câmeras digitais e equipamentos digitais reprodutores de música, atente-se para o dado divulgado pelo Ipea: US$ 289 bilhões em 2005 e US$ 309 bilhões em 2008. O Paraná pode entrar nesse filão.

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