Central telefônica para atender vítimas de violência começa na sexta

Brasília – A partir de sexta-feira (25), as brasileiras vão contar com uma central telefônica especializada no atendimento a vítimas de violência. Nos três primeiros meses, a central funcionará, em caráter experimental, diariamente, das 7 horas às 18h40. Depois, o serviço passará a atender 24 horas.

O telefone da Central de Atendimento à Mulher em todo o país será o 180. A secretária especial de Políticas para as Mulheres, ministra Nilcéa Freire, disse que a equipe estará preparada para atender qualquer caso. "A central vai receber não só denúncias como também vai fazer aquele primeiro atendimento, o acolhimento e a orientação às mulheres que ligarem", informou Nilcéa, em entrevista a emissoras de rádio. O evento coordenado e transmitido pela Rádio Nacional.

O serviço atenderá todos os tipos de casos, desde assédio sexual no trabalho à violência doméstica e estupro. As vítimas receberão informação sobre os serviços disponíveis em sua cidade e as primeiras orientações.

O lançamento do serviço marca as comemorações do Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres. Nesse dia, também será relançada a campanha Sua vida recomeça quando a violência termina, com propagandas em rádio e televisão e distribuição de cartazes. Segundo a ministra, o objetivo da campanha é provocar uma mudança de atitude da sociedade diante da violência contra a mulher. "Em briga de marido e mulher, em relação à violência contra a mulher, o Estado e a sociedade têm que ?meter a colher?", afirmou.

Para a ministra, a violência contra a mulher tem reflexos em toda a sociedade. "Essa violência repercute sobre toda a sociedade porque retroalimenta a violência geral na sociedade", disse ela. "Crianças que crescem em lares onde há violência contra suas mães aprenderão a responder com violência e se tornarão adultos que responderão com violência a toda situação de conflito", acrescentou.

A estimativa é que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Por ano, cerca de 2 milhões de mulheres são espancadas. Nilcéa Freire lembrou que, pelo medo e vergonha das mulheres em denunciar, as estatísticas sobre o tema ainda revelam apenas parte do quadro real do problema.

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