A Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio da Central de Transplantes do Estado, participa nesta segunda-feira (24) da Jornada da Saúde e Feira de Qualidade de Vida, organizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O evento se estenderá até o próximo dia 26 (quarta-feira).

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A Central Estadual de Transplantes vai colocar à disposição dos visitantes materiais informativos como folders, cartazes e banners para esclarecer e conscientizar o público sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. No decorrer do dia, um técnico da Central vai orientar a população sobre os procedimentos que os familiares devem fazer para doar ou receber um órgão. Para ser doador não precisa deixar nada por escrito bastando informar sua família do desejo de ser doador.

?É muito importante que instituições e empresas juntem-se em parceria à Central Estadual de Transplantes para esclarecer dúvidas da população sobre a doação de órgãos?, diz Edi Glaucia Repula, assistente social da Central Estadual de Transplantes. Segundo ela, estas parcerias ?ampliam as ações da Central junto à sociedade?.

A assistente social da Central de Transplantes comenta ainda que a principal dúvida das pessoas em relação à doação de órgãos e tecidos é sobre a existência de dois tipos de doadores. Os tipos são pacientes em morte encefálica e coração parado. ?Existe a doação de órgãos por morte encefálica, quando não existe mais fluxo sanguíneo a nível de encéfalo. Nessa situação pode ser doado fígado, pancreas, rim, coração, pulmão e tecidos. E a doação por cardiorespiratória total, e nesse caso pode ser doado tecidos como córnea, ossos e válvulas cardíacas. Essa doação pode ser feita até seis horas após a morte do paciente?, esclarece Edi.

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O Brasil é o segundo país em número de transplantes realizados e o primeiro num sistema público de saúde, com 92% de transplantes. Mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade produtiva.

No ano passado, segundo dados da Central de Transplantes, foram feitos no Paraná 612 transplantes de córnea, 20 de coração, 89 de fígado, 248 de rim, 15 de rim junto com pâncreas e 7 de pâncreas, num total de 991 transplantes. Em 2003, foram realizados 484 transplantes de córnea, 8 do coração, 92 do fígado, 214 de rim, 7 de rim junto com pâncreas e 2 de pâncreas, num total de 807 transplantes. Estas informações apontam para um aumento de 22,8% nos transplantes em relação a 2003. Atualmente 4.508 pessoas, em todo o Estado, aguardam um transplante.

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?As pessoas não devem ter medo de doar, pois todo o sistema é muito bem organizado e acompanhado pela Central de Transplantes do Paraná. Além disso, todos os profissionais envolvidos na captação e transplante são extremamente capacitados?, diz Carlos D?Ávila, diretor da Central de Transplantes do Paraná. ?Com o evento esperamos esclarecer o sistema à população e acabar com mitos e medos infundados, como a dúvida em relação ao diagnóstico de morte cerebral?, completa.

Para Rosana Petruci, chefe da seção de assistência à saúde dos Correios, o número de pessoas que visitarão a feira deverá ser maior do que no ano anterior. ?Em 2004, cerca de 1.500 pessoas estiveram na feira durante os três dias. Este ano esperamos que mais ou menos 2.500 passem pelos stands?, comenta Rosana Petruci. Ainda de acordo com a assistente, ?o stand da Central de Transplantes, montado para a feira, é mais uma oportunidade para divulgar a importância da doação de órgãos no Estado, além de esclarecer dúvidas da população sobre o assunto e salvar vidas?, conclui.