Sete centrais sindicais anunciaram nesta segunda-feira (26) a intenção de promover pequenas paralisações em diferentes setores, em todo o país, contra a Emenda 3 da lei que criou a Super Receita, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A emenda retira dos auditores fiscais o poder de autuar empresas quanto a irregularidades nas relações trabalhistas. A movimentação para as greves foi anunciada após reunião entre os presidentes de sete centrais, entre elas a CUT, a Força Sindical e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
As paralisações teriam duração média de três horas e poderão ocorrer a partir do dia 10, caso o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Emenda 3 seja derrubado pelo Congresso. Se o Congresso derrubar o veto o que vai acontecer na nossa opinião , é a perda de direitos, aumento do trabalho escravo e aumento do número de carteiras não assinadas, disse Ubiratan Dantas, vice-presidente da CGTB.
O veto presidencial foi dado no último dia 16, ao sancionar o projeto de lei que cria a Super Receita. A partir de amanhã (27) o veto Emenda 3 entra na pauta de discussão do Senado. Os sindicalistas se reunirão também amanhã na Câmara dos Deputados, a fim de pressionar os parlamentares que se manifestaram contra o veto presidencial.
Para essa plenária foram convidados os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) além das lideranças das bancadas partidárias.
As centrais sindicais marcaram uma nova reunião para a próxima terça-feira (3), em São Paulo, onde avaliarão as propostas de greves.