Centrais sindicais querem unir negociação salarial

As duas maiores centrais sindicais do País querem unir as negociações trabalhistas neste segundo semestre. A Força Sindical vai reunir no dia 28 representantes de todas as categorias com data-base entre julho e dezembro. O número de trabalhadores representados passa de 2,2 milhões só no Estado de São Paulo. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem em sua base cerca de 3 milhões de trabalhadores que têm direito a reajustes nesse período.

A campanha da CUT, porém, não se limita às categorias com data-base nesse segundo semestre. Ontem, a entidade lançou o que chama de Campanha Salarial Unificada dos Trabalhadores envolvendo categorias de todos os ramos de atividade dos setores público e privado. Não há prazos para negociações. "A campanha vai durar o tempo necessário para conseguirmos as reivindicações", diz o presidente da central, Artur Henrique da Silva Santos.

Segundo ele, o objetivo é a criação de um contrato coletivo nacional, antiga reivindicação que não foi atendida nem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-sindicalista da CUT. Santos calcula que, no Brasil, a central represente cerca de 7 milhões de trabalhadores sindicalizados, de um total de 21 milhões.

A lista de reivindicações será entregue a entidades patronais de todos os setores e aos governos federal, estadual e municipal. Consta, entre seus 15 itens, a criação de pisos salariais nacionais por ramo de atividade, redução da jornada de trabalho e políticas de financiamento com juros mais baixos para empresas que se comprometam em criar ou manter empregos.

"Cada categoria continuará a fazer suas campanhas, inclusive aquelas com data-base agora", diz Santos. Entre as principais categorias filiadas à CUT que têm negociações salariais nesse período estão metalúrgicos, petroleiros, bancários e químicos.

Também ontem, os bancários realizaram manifestações na capital paulista como parte da agenda de uma campanha nacional. Na segunda-feira, o Comando Nacional e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) terão uma reunião de negociações. A categoria tem mais de 400 mil trabalhadores em todo o País. Eles pedem, entre outros itens, aumento real de 7,05% e participação maior nos lucros e resultados.

Já a Força Sindical informa ter mais de 3,2 milhões de filiados em todo o Brasil. Segundo o presidente da entidade, João Carlos Gonçalves, a campanha unificada para esse segundo semestre vai ser centrada nos cerca de 2,2 milhões de trabalhadores em São Paulo de categorias como comerciários, têxteis e pessoal de empresas de papel e papelão. Só os metalúrgicos são 1,2 milhão, informa o sindicalista.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo