Centrais sindicais querem salário mínimo de R$ 420

As principais centrais sindicais brasileiras definiram nesta quinta-feira (9) o valor que pretendem negociar com o governo federal e o Congresso para o salário mínimo no País em 2007. Após reunião realizada na manhã desta quinta-feira, na capital paulista, as centrais decidiram que lutarão para que o mínimo passe dos atuais R$ 350 para R$ 420. Se confirmado, o novo valor corresponderia a um reajuste de 20%, superior ao aumento, de 16,6% concedido pelo governo em 2006.

Além da correção do mínimo também decidiram que defenderão um reajuste de 7,77% para a tabela do Imposto de Renda no próximo ano. Este porcentual, de acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, corresponde à defasagem da tabela durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O dirigente ressaltou, no entanto, que serão pleiteadas também perdas do governo Fernando Henrique Cardoso.

Participaram da reunião, além de integrantes da Força, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e da Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT).
As centrais destacaram que, com as estimativas de que o crescimento da economia será aquém das expectativas, os sindicalistas resolveram fazer manifestações também nos Estados, além da Marcha de São Paulo a Brasília pelo Reajuste do Salário Mínimo, que deverá ocorrer no dia 6 de dezembro.

Segundo o presidente da CUT, Arthur Henrique da Silva Santos, a campanha do salário mínimo brasileiro é a "maior do mundo", pois 22 milhões de trabalhadores vivem com apenas um salário e 11 milhões recebem até dois salários. "Quando as centrais tomam as rédeas de um processo como este, elas estão acabando com o leilão do salário mínimo, que, normalmente, é feito por deputados e senadores, em busca de holofotes", comentou.

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