Brasília – Em um discurso repleto de críticas, o representante das centrais sindicais do Mercosul Valdir Vicente Barros defendeu hoje (21) uma reforma urgente na estrutura institucional do Mercosul. Na reunião dos presidentes do bloco, na Argentina, Barros leu uma declaração das centrais sindicais do Cone Sul, intitulada Declaração de Córdoba.
O documento aponta a ?fragilidade? do Mercosul para solucionar impasses bilaterais como um dos motivos de ?profunda preocupação?. ?Existe uma urgência de reforma na estrutura institucional do Mercosul que permita a existência de organismos capazes de resolver controvérsias comerciais, sociais e políticas?, afirma a declaração.
Os sindicatos também querem o Mercosul mais unido na defesa do fim de subsídios agrícolas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). As organizações de trabalhadores pedem políticas efetivas para a criação de empregos na região.
?O Mercosul tem avançado na integração das cadeias produtivas de grandes empresas, especialmente as transnacionais, mas tem relegado as cadeias produtivas compostas por pequenas e médias empresas, maiores geradoras de emprego?, disse Valdir Vicente Barros.
Segundo ele, não estava prevista a participação da sociedade civil na reunião dos presidentes do Mercosul. A leitura da declaração teria sido reivindicada pelos sindicatos e autorizada hoje pelo governo argentino.