Centenas de milhares de chavistas de diferentes parte do país começam a chegar a Caracas, onde manifestarão hoje seu apoio ao governo do presidente Hugo Chávez e defenderão o processo democrático pelo qual foi eleito o presidente em dezembro de 1998. Os simpatizantes de Chávez tentarão mostra ainda que não perderam as ruas do país para a oposição, que, desde o dia 2 de dezembro, tem feito marchas sistemáticas contra o governo.
O líderes da oposição, por sua vez, pediram a seus simpatizantes a permanecerem em suas casas para evitar qualquer tipo de confronto. A ?grande tomada de Caracas?, como vem sendo chamada a marcha de hoje pelos chavistas, partirá de dois locais de concentração: nas imediações do terminal La Bandera e do Parque del Este, muito próximo da Praça Francia de Altamira, onde menos de 100 militares se encontram entrincheirados há mais de 90 dias .
Por razões de segurança, a marcha passará longe dessa praça, para evitar qualquer possibilidade de confronto como ocorreu em novembro do ano passada, quando várias pessoas morreram. A marcha terá apoio das prefeituras e de institutos nacionais e regionais. A segurança ficará por conta da Guarda Nacional, da Polícia de Caracas, dos bombeiros e polícia jurídica. A marcha será em direção da Avenida Bolívar, na capital, onde foi montado um palco de onde o presidente Chávez proferirá um discurso. ?A marcha é pacífica. A idéia não é atacar ninguém, mas deixar claro que o povo continua e continuará defendendo este governo, rejeitando a s ações terroristas da oposição, principalmente a sabotagem contra a PDVSA?, disse um dos líderes da marcha.
Os organizadores acreditam que deverão reunir entre 500 mil e 1 milhão na Avenida Bolívar. Um tanto mais exagerados, os deputados chavistas Cilia Flores e Juan Carlos Dugarte calculam em pelo menos 6 milhões o número de manifestantes que darão apoio ao presidente.