Censo vai permitir avaliação de aposentadorias por invalidez

Brasília – Censo previdenciário vai avaliar, em 2007, as aposentadorias por invalidez. Durante dois anos, 2,8 milhões de beneficiários vão passar por nova perícia médica para reavaliar suas condições laborais (de trabalho) e verificar se os benefícios estão sendo pagos corretamente.

Cada beneficiário deve receber em casa uma convocação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com hora e local da nova consulta, para aqueles que podem se locomover. No caso dos aposentados que têm dificuldade de locomoção ou não andam, técnicos serão encaminhados a cada residência para realizar a perícia.

De acordo com o diretor de benefícios do Ministério da Previdência Social, Benedito Brunca, o censo vai possibilitar a redução dos gastos previdenciários. Ele disse que há casos em que o beneficiário voltou a trabalhar e continuou a receber o benefício.

?Se não há controle a pessoa acaba tendo que recolher muito mais para poder cobrir todas as despesas. Na medida que essas despesas passam a ser controladas e destinadas somente a quem é de direito, nós precisamos de um financiamento menor?, explicou.

Benedito Brunca explica que cada beneficiário que voltou a trabalhar e não cancelou o benefício vai ter que devolver o dinheiro recebido irregularmente, aos cofres públicos.

?Quando a pessoa volta ao trabalho espontaneamente é motivo de cessação do benefício na data em que ela voltou a trabalhar. Então, se ela voltou a trabalhar um ano atrás, naquela data cessa o benefício e ela tem que devolver o dinheiro que recebeu posteriormente?, disse.

Esse é o primeiro censo para avaliar benefícios de invalidez. Os cerca de 10 mil empregados contratados nos últimos quatro anos pelo INSS vão ficar responsáveis por esse trabalho. São médicos, peritos e técnicos administrativos que farão uma espécie de ?pente fino? nos benefícios.

Em janeiro deste ano, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), começou a recolher dados dos beneficiários em geral para atualização de cadastrados. Até agora foram, cerca de 17 milhões de cadastros atualizados que vão possibilitar maior eficácia na pesquisa. ?Com dados atualizados fica mais fácil achar os endereços e diminuem as probabilidades de não obtermos resposta nos chamados para as perícias?, afirmou Brunca.

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