Juros nas alturas e expansão da concessão de crédito para consumo e para o sistema consignado, continuam fazendo a alegria dos banqueiros. Os números relativos ao segundo trimestre começam a ser mostrados em agosto e sua estimativa é estonteante: os quatro maiores bancos do País podem ter tido aumentos de até 85% em seus lucros.
Segundo o jornal Valor Econômico, citando apreciação desenvolvida por Paul Tucker, analista da Merryl Lynch, o segundo trimestre foi o cenário perfeito para os bancos. Logo os balanços vão confirmar a robustez desse Éden financeiro, e as editorias de economia vão dar rebatimento à obtenção dos lucros bilionários.
Nada mais que a confirmação da infausta verdade de que o Brasil supera um único país em distribuição da renda. Esse país é Serra Leoa, na África negra, onde os índices de pobreza são mais infamantes que o crime de lesa-humanidade.
Em conjunto, a previsão é que Bradesco, Itaú e Unibanco devam faturar cerca de R$ 3 bilhões de lucros sobre as operações realizadas em abril, maio e junho. O Banco do Brasil ainda não sinalizou para o mercado o quanto lucrou, mas ninguém duvida que o ganho do primeiro trimestre (R$ 902 milhões), será superado em cerca de 2,5%.
O aluguel atualmente cobrado pelos bancos que emprestam dinheiro quebrou a última barreira da lógica econômica, mas até agora não se nota um mínimo antagonismo de parte das autoridades da República.