A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) fez as projeções em relação a 2008 e concluiu que o setor crescerá 3%. A base para o cálculo otimista é fornecida pela continuidade da tendência de alta dos preços, os recordes quebrados pela produção interna e a forte demanda internacional por commodities.
Segundo apurou a pesquisa realizada pela CNA em conjunto com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), em 2007, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro terá expansão de 5,52% em comparação ao ano passado, suplantando o recorde histórico de R$ 569,9 bilhões.
?O desempenho macro do setor foi muito bom neste ano?, revelou Ricardo Cotta, superintendente técnico da CNA, malgrado o câmbio desfavorável, a degradação da infra-estrutura e o aumento dos custos de produção. As informações foram publicadas no final da semana pelo jornal Valor Econômico.
Mesmo diante da desvantagem do câmbio e quedas abruptas do volume de exportações ao longo do ano, o agronegócio registrará um novo recorde este ano, com o embarque total de US$ 58,5 bilhões, contribuindo para o saldo comercial de US$ 50 bilhões.
Confirmada, como tudo leva a crer, a consolidação do crescimento do consumo mundial de alimentos em razão da expansão global da economia e, por via de conseqüência, da renda familiar, o cenário de 2008 poderá trazer excelentes resultados para o produtor rural.