Cenário é positivo para inflação em 2007, segundo FGV

O coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, traçou nesta terça-feira (30) um cenário positivo para a inflação de 2007, principalmente para fevereiro e março, quando a taxa deve desacelerar em relação ao resultado de janeiro (0 50%). Ele descartou, no entanto, a possibilidade de 2007 apresentar tantos meses de taxas negativas, como ocorreu em 2005 quando o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou um período de cinco meses de deflação – que durou de maio a setembro.

Isto porque, segundo o coordenador, um dos fatores que colaboraram para esta seqüência de variações negativas foi o câmbio, que agora não deve mais influenciar a inflação como antes porque deve manter-se muito próximo do patamar atual. "Isto já não ocorreu com tanta intensidade no ano passado", comparou. Quadros destacou que os IGPs ainda representarão melhor o comportamento do real em relação à moeda americana do que os Índices de Preços ao Consumidor (IPCs), mas acredita que o movimento não será tão evidente quanto o observado em 2005 e também em parte do ano passado.

O economista acredita que o IGP-M deste ano feche em um patamar muito próximo do verificado em 2006, de 3,83%. "Este é um patamar natural e não tão baixo quanto o verificado em 2005, o que é bastante positivo", comentou. "Agora estamos em uma situação normal", acrescentou.

No acumulado de 12 meses até janeiro, a taxa desacelerou de 3 83% para 3,40%, tornando-se a mais baixa desde outubro, quando ficou em 3,13%. Vale destacar que a desaceleração em 12 meses de dezembro para janeiro deve-se, em grande parte, à saída da taxa de 0,92% verificada em janeiro de 2006. Na ocasião, o índice foi fortemente influenciado pela alta do preço da soja no mercado internacional e coincidentemente pelo aumento do peso desta commodity no IGP-M.

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