A acomodação de preços no mercado interno e a redução das incertezas macroeconômicas, no mercado internacional, reduzem a pressão inflacionária e resultam em um quadro favorável à redução gradativa da taxa básica de juros (Selic) no futuro, afirmou o diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua. Ele não citou, no entanto, qual seria o ritmo dessas reduções.

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Mencionou apenas que o mercado financeiro trabalha com cenário de queda dos atuais 19,50% ao ano para 18% ainda em 2005, de acordo com pesquisa do BC junto a instituições financeiras e analistas de mercado.

Bevilaqua divulgou o relatório trimestral de inflação e desenhou um quadro favorável à aceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira. "Temos resultados expressivos no balanço de pagamentos e resultados fiscais que mostram a sustentabilidade de nossas contas públicas, além de controle da dinâmica da inflação", disse ele, lembrando que a economia interna vem recebendo impulso também da expansão do crédito e do aumento da renda do trabalhador.

O diretor do BC ressaltou a retomada do ritmo de crescimento da economia, a partir do segundo trimestre deste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas de abril a junho, aumentou 1,4% comparado ao trimestre anterior, e teve a expressiva evolução de 3,9% em relação ao segundo trimestre de 2004.

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