Mais de 100 empresários paranaenses devem participar das rodadas de negócios com cerca de 40 empresários da Venezuela, que estarão em missão comercial na próxima quarta-feira, dia 19, em Curitiba. As rodadas vão acontecer entre 14 e 18 horas, no Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Estado do Paraná (Cietep).
A princípio, os venezuelanos vêm interessados em vender produtos dos setores de serviços, plástico, transporte, alumínio, habitação popular, construção civil, alimentos e petroquímicos. Mas, de acordo com o coordenador geral de Novos Negócios do Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Henrique Ricardo dos Santos, não está descartado o inverso, ou seja, que se transformem em compradores. ?É muito interessante que os empresários paranaenses participem, porque a Venezuela, assim como boa parte da América Latina, oferece alternativas e oportunidades de novos mercados?, disse.
Ele observa, ainda, que é preciso levar em conta o fato de os venezuelanos estarem pleiteando integração com o Mercosul, o que representa, na prática, intenções de estreitar os relacionamentos comerciais com o Brasil. ?E neste sentido o Paraná sai na frente?, destaca.
Esta será a segunda rodada de negócios entre o Paraná e os venezuelanos. A primeira foi em novembro do ano passado, quando cerca de 100 brasileiros estiveram na Venezuela, numa missão empresarial/governamental.
Daqueles encontros, foram encaminhados projetos que geraram em torno de US$ 300 milhões ao Paraná, entre negócios nas esferas pública e privada. Os interessados nas rodadas devem fazer inscrição antecipadamente, preenchendo formulário disponível no www.cinpr.org.br.
Uma das empresas representadas na missão na Venezuela foi a Brazil Foods, sediada em Curitiba e que fechou contrato de exportação de 5 mil toneladas de feijão preto. O valor da operação ultrapassou US$ 1 milhão e o produto, todo produzido no Sul do Paraná, foi comprado pela empresa Mercal, a estatal venezuelana que gerencia os programas de abastecimento do País.
Na época, o diretor geral da Brazil Foods, Antônio Carlos de Oliveira, disse que já fez negócios com a Venezuela, mas, segundo ele, desta vez foi tudo mais ágil por conta da sua participação na rodada de negócios realizada durante a missão empresarial. ?Ter o aval da Fiep e do Governo do Estado facilita muita a negociação?, afirma.
