O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se encontra hoje com o
presidente de Angola José Eduardo dos Santos. Além disso, vai participar da
inauguração do Centro de Excelência em Desenvolvimento Empresarial, que foi
organizado com apoio de todos os integrantes da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) formada por Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor Leste.

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O ministro das
Relações Exteriores de Angola, João Bernardo de Miranda, afirmou ontem durante a
abertura da 10ª reunião de ministros da CPLP, que a inauguração do centro poderá
ajudar no desenvolvimento do país. "Com a institucionalização deste centro em
Angola e o outro na área de administração pública em Moçambique, cuja
inauguração esperamos que seja breve, contamos que a CPLP está a dar passos
significativos na capacitação dos recursos humanos nas áreas preconizadas dos
países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor Leste",
disse.

Angola recebeu pela primeira vez uma reunião de ministros da
comunidade. O país que conseguiu sua independência em 1975 viveu por mais de 30
anos em guerra civil. Somente em 2002, com a morte de um líder de oposição ao
governo, a guerra acabou. Agora, Angola trabalha para se recuperar. Segundo o
embaixador brasileiro Jorge Taunay, que está há seis anos em Angola, o país tem
muitas oportunidades. "Há tudo por fazer em Angola", disse. Ele afirmou estar
otimista em relação ao país, que segundo ele, tem pessoas "heróicas, bem
humoradas e altivas".

Angola tem muitas riquezas, como diamantes e
petróleo. O consultor econômico brasileiro, Paulo França, trabalha desde 2003
para o governo africano. Segundo ele, a taxa de inflação em Luanda ao final de
12 meses em 2002 era de 105,60% e em 2004 ficou em 31,01%, sendo que a meta este
ano é de 15%. "No ano de 2006 queremos que termine em um dígito. O país está
crescendo", afirmou.

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