O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reiterou há pouco algumas críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou em relação aos Estados Unidos, durante discurso que fez na conferência sobre o combate ao terrorismo. Amorim mencionou principalmente as críticas feitas pelo presidente em relação à invasão do Iraque e ao controle do poder norte-americano centralizada no governo daquele país. “Todos sabem da posição brasileira. O Brasil foi contra o uso da força porque achava que havia um caminho pacífico para ser perseguido, e porque se tivéssemos de chegar a esse caso extremo teria que haver o endosso do Conselho de Segurança. Mas, independentemente disso, nós temos que olhar para frente”.
Para Celso Amorim enquanto os iraquianos de alguma maneira não sentirem que estão mais responsáveis por si mesmo e menos governados por uma força de ocupação, vai ser difícil resolver. “Tudo isso não é uma coisa preta ou branca, aí você tem vários graus de cinzas”, disse Amorim.
O ministro Celso Amorim informou que durante o almoço oferecido pelo presidente Lula ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, foi reiterada pelo Brasil a necessidade de uma reforma no organismo internacional. Nos encontros bilaterais que o presidente Lula teve hoje em Nova Iorque com o presidente francês, Jacques Chirac, e com o primeiro-ministro da Espanha, José Maria Aznar, foi discutida a necessidade da integração física do Mercosul, para possibilitar maiores investimentos na região.
