A Caixa Econômica Federal vai apurar se houve participação de funcionários na divulgação de dados da conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Em nota divulgada à imprensa, a Caixa afirma que "instaurou procedimento de investigação" para apurar "no âmbito interno, eventuais responsabilidades".

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O caseiro, que diz ter visto o ministro da Fazenda Antonio Palocci na casa alugada por Vladimir Poleto em Brasília por "dez ou 20 vezes", teve a sua movimentação financeira exposta em uma reportagem publicada este final de semana pela revista Época, da editora Globo. O advogado de Costa, Wlicio do Nascimento, protocolou Notícia Crime esta tarde, no Ministério Público Federal contra a Caixa Econômica Federal, pela violação do sigilo bancário.

O advogado afirma que o extrato da conta de seu cliente foi retirado às 20h58, e nesse horário Costa estava na sede da Polícia Federal, inscrevendo-se no programa de proteção a testemunhas. Na ocasião, segundo o advogado, o caseiro entregou o cartão bancário à PF.

Mas Nascimento afirma que seu cliente não informou a senha e o código de letras necessário para acesso à conta. Por isso, diz não ter condições de acusar ninguém da retirada do extrato até prova em contrário. A Polícia Federal negou, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha participado da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Chaveiro do Nascimento.

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Na semana passada, o caseiro teve seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal. Antes, no entanto, Francenildo confirmou que viu Palocci em casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto por "dez ou 20 vezes". Poleto foi um dos assessores de Palocci, na época em que ele foi prefeito de Ribeirão Preto (SP).

O caseiro já havia dito, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que presenciou partilha de dinheiro por Poleto e outros ex-assessores de Palocci. Relatou também que o ministro "chegava sozinho, vinha num Peugeot prata, de vidro escuro, dirigindo sozinho". O Peugeot também seria usado pelo ex-assessor de Palocci Ralf Barquete, morto em 2004.

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Em resposta à reportagem, a assessoria do Ministério da Fazenda reafirmou que o ministro nunca esteve na casa e disse que ele não dirige em Brasília e, por isso, sempre se utilizou na cidade de carro guiado por motorista particular ou oficial.