A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um requerimento da oposição que pede à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, informações sobre todas as prestações de contas mensais da Presidência, relativas ao uso de cartões de crédito corporativo, desde o início do governo Lula. A proposta é de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que solicita também as notas fiscais para justificar os saques dos cartões.
Apesar de aprovado o requerimento, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) vai entrar com recurso na Mesa da Casa, para suspender a decisão. Ele alega que não é atribuição do Senado ter acesso a essas informações, mas sim do Tribunal de Contas da União. Segundo ele essas informações envolvem sigilo e atingem empresas que prestam serviços à Presidência. "Isso é mais uma questão de disputa eleitoral que se extinguirá no dia 1º de outubro, quando o presidente Lula ganhar no primeiro turno", afirmou Jucá, que chegou a bater boca com o presidente da CCJ, senador Antonio Carlos Magalhães (PFKL-BA), alegando que não havia quorum suficiente para aprovar o requerimento.
Jucá pediu votação nominal para justificar que não havia número regimental (no mínimo de 12), mas ACM rejeitou, justificando que o líder do governo precisaria do apoio de mais dois senadores. Dos integrantes da base do governo só Jucá estava presente. No momento da discussão, o senador Sibá Machado (PT-AC) tentou entrar na sala da CCJ, mas se retirou depois de um sinal do próprio Jucá, o que irritou ACM.