Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou para a próxima semana a votação do recurso do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) contra a decisão do Conselho de Ética que aprovou o pedido de cassação do mandato dele. O relator do recurso, deputado Paulo Afonso, deu parecer contrário às pretensões de Queiroz. Afonso considerou que o conselho votou o processo no prazo correto e que não há motivo para abrir novo prazo de defesa, como pedia o recurso do deputado do PTB.
A votação foi adiada na CCJ porque os deputados Inaldo Leitão (PL-PB), Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), Darci Coelho (PP-TO) e Ivan Ranzolin (PFL-SC) pediram o prazo regimental de duas sessões para a analisar o relatório (pedido de vista), depois que Paulo Afonso leu o seu parecer. Queiroz admitiu ter recebido R$ 452 mil do PT e da SMPB, uma das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O deputado argumenta em sua defesa que teria sido mero intermediário das operações porque era presidente estadual do PTB e que o dinheiro foi usado em campanhas de candidatos do partido nas eleições municipais. A votação no plenário da Câmara da perda de mandato do parlamentar deverá ocorrer no dia 7 de dezembro.