"A CBV garante estrutura e atua em favor do bolso do atleta", afirma o
presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça, dizendo que há muitos
anos a entidade não é foco de nenhuma reclamação de jogador porque valoriza os
profissionais. Os prêmios pelos títulos, que ficam integralmente com as
seleções, a "ajuda de custo substancial" dada aos atletas e a estrutura são
fatores que resultam em profissionais comprometidos com resultados.

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A
entidade também é favorecida pelos resultados das seleções e o retorno que isso
gera. O orçamento da CBV para 2005 é de R$ 28 milhões, 4% provenientes da Lei
Agnelo-Piva e o restante de patrocinadores, o pincipal deles o Banco do Brasil
(cerca de R$ 20 milhões no ano) – o contrato tem 14 anos e segue até os Jogos
Olímpicos de Pequim, em 2008.

"Em 2004 a CBV investiu R$ 12 milhões com
jogadores e comissões técnicas do vôlei de quadra e de praia. Os prêmios são
deles. Agora mesmo os meninos levaram US$ 1 milhão da Liga e as meninas os US$
350 mil do GP. Pelo título, ficam com 100%, pelo segundo lugar com 80%, pelo
terceiro com 70% e o quarto… não tem nada", explica Ari.

O vôlei tem 30
anos de gestão profissional, a partir de 1975 (com Carlos Arthur Nuzman,
presidente do Comitê Olímpico Brasileiro). Ary Graça assumiu a entidade em 1997
– também é presidente da Confederação Sul-Americana e vice-presidente da Fivb,
que comanda o vôlei mundial. Acha que a CBV tem credibilidade com
patrocinadores, público, jogadores e comissões técnicas, e a comunidade
internacional. E estrutura para ter sucesso. Ari ainda cita a montagem de
comissões técnicas qualificadas, a coragem de trocar o técnico Bernardinho da
seleção feminina para a masculina, projetos de renovação na quadra e praia como
aspectos a serem considerados.

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Mas admite que ainda falta ao vôlei ter
uma Superliga mais forte, o que só será possível, na sua avaliação, no momento
em que o campeonato for mostrado por uma TV comercial. "Em quatro anos, com uma
TV, a Superliga iria explodir."