Apesar das reclamações dos clubes europeus, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou nesta quarta-feira que não vai ceder aos apelos e desconvocar os atletas chamados pelo técnico da seleção brasileira, Zagallo, para o confronto contra a Coréia do Sul, dia 20, em Seul. A entidade insiste que a partida é uma data autorizada pela Fifa para a realização de amistosos e, por isso, não cogita a hipótese de liberar qualquer atleta.

A CBF informou que não recebeu pedido das federações de futebol ou diretamente de algum atleta para a desconvocação. Na terça-feira, chegou à entidade um fax da Federação Italiana pedindo a liberação oficial do lateral-esquerdo Serginho, do Milan. O jogador solicitou dispensa da seleção e havia a necessidade de desconvocá-lo. Do contrário, ele não poderia atuar por seu clube.

Enquanto alguns jogadores chamados são pressionados por seus clubes para pedir dispensa da partida, a CBF insiste que não haverá exceção. Todos que foram chamados por Zagallo terão de participar do confronto ou estarão passíveis de sofrer punições.

A posição irredutível da CBF de não liberar os atletas, gerando atritos com os clubes europeus, pode criar um grave problema para o futuro: os times podem dificultar ainda mais a liberação de jogadores para amistosos, por exemplo, que não sejam realizados em uma data Fifa. A apresentação dos atletas para o amistoso contra a Coréia do Sul está prevista para segunda e terça-feira, em Seul.

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