Catedral de Brasília passará por reforma para recuperar vitrais

Danificada, com pedaços dos vitrais que a recobrem a ameaçar os fiéis, a Catedral de Brasília passará por uma reforma. O superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Alfredo Gastal, disse hoje que, entre novembro e dezembro, deve ser iniciada a reforma dos vitrais da catedral.

Na quarta-feira (19), houve uma reunião para tratar do tema, da qual participaram, além de representantes do Iphan, técnicos da Universidade de Brasília (UnB), um integrante da Arquidiocese da capital federal, a autora das pinturas, Marianne Peretti, e a empresa Farah Service, que atua no ramo de marketing de responsabilidade social. Segundo Gastal, no encontro, ficou acertado que a Farah Service executará o trabalho de captação de recursos de empresas privadas para a reforma, a ser iniciada no fim do ano.

"Tão logo seja concluída a captação de recursos, a reforma será iniciada", disse Gastal. Ele afirmou que o investimento privado terá abatimento do Imposto de Renda (IR). O superintendente do Iphan disse que caberá também à empresa elaborar um projeto para a reforma, o que contará com o respaldo dos técnicos da UnB. Ele afirmou ainda que se comprometeu a fazer com que os procedimentos burocráticos junto ao Iphan, responsável pelos patrimônios tombados, sejam cumpridos rapidamente para não atrasar o início da reforma.

Nessa semana, Marianne reclamou da má conservação dos vitrais produzidos por ela para o monumento idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. De fato, basta uma rápida olhada no interior da catedral para que seja visto um grande número de vitrais quebrados. Além disso, há muito tempo os vitrais que estão inteiros não são limpos adequadamente. "É um evidente estado de abandono do patrimônio artístico. É incompetência pura O governo bate recordes de arrecadação e ninguém faz nada. Essa é uma obra de arte que compõe Brasília e precisa ser cuidada. É uma pena que esteja assim", disse o advogado trabalhista Jesus Martins, que mora em São Carlos, no interior de São Paulo, e hoje visitava a igreja.

Segundo o guia turístico Rubens Perlingeiro, os danos nos vitrais da catedral não são provocados por atos de vandalismo e sim pelo efeito da seca que todos os anos acomete a cidade. "Como os vitrais são feitos de acrílico, durante o período de seca, eles racham e quebram. Por isso, exigem cuidado constante. O problema é que falta dinheiro. Como guia turístico, acho lamentável ver a catedral nessa situação", disse.

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