O Brasil reduziu o número de casos de tuberculose de 2007 para 2008. Segundo o Ministério da Saúde, foram 72.140 registros em 2007 contra 70.989 em 2008. No Paraná, durante o ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 2.320 novos casos de tuberculose.
Isso significa que a doença atinge 23 pessoas a cada grupo de 100 mil. O índice paranaense está melhor que o nacional, que apontou uma média de 38 casos para cada 100 mil pessoas.
As informações foram repassadas ontem, pela Sesa, no evento em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Em Curitiba, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em 2009 foram 462 novos casos, cujo tratamento foi abandonado por 61 pacientes.
No Paraná, segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, a taxa de abandono está maior que a estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Essa taxa no Paraná é de 8%, enquanto o indicado pela OMS é 5%. É importante termos conhecimento dessa taxa, pois quando um paciente larga seu tratamento em qualquer estágio a retomada torna-se muito mais difícil. Isso acontece porque o organismo oferece resistência ao tratamento quando o mesmo é interrompido. Em hipótese alguma o paciente deve largar seu tratamento, que dura em média seis meses”, explicou.
Segundo Martin, o diálogo no dia de combate à tuberculose chama a atenção para um problema sério de saúde pública. “Trata-se de uma doença que voltou a se intensificar no Brasil e no restante do mundo em decorrência de outras doenças como a aids e o câncer. São enfermidades que favorecem a ocorrência de tuberculose pela queda da imunidade que propiciam”, afirmou.
A tuberculose é uma doença transmissível causada por uma bactéria. Os principais sintomas são tosse, febre, perda de apetite, emagrecimento, dor no peito e escarro com sangue.
Para Martin, a população deve ficar atenta as formas de contágio da tuberculose. “Assim como a gripe A (H1N1), a tuberculose é transmitida pelo contato da tosse ou espirro daqueles já contaminados.
Para evitar é preciso cuidar com a higienização e com a permanência prolongada em locais fechados, onde não há ventilação, pois, diferente da gripe A, o contágio da tuberculose é mais lento”, alertou.
A atriz Christiane Torloni, convidada pela Sesa a apoiar a campanha de combate à tuberculose, disse que “as ações de informação para o combate da tuberculose são essenciais. Parabenizo Curitiba, o Paraná e a todos aqueles que lutam e trazem iniciativas para combater uma doença que ainda mata milhares de pessoas a cada ano”, afirmou.