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Desde a década de 80, quando surgiu a epidemia mundial de aids, mais de 10,5 mil casos foram diagnosticados no Brasil em crianças com até 12 anos. Os dados são do Ministério da Saúde e revelam apenas as infecções que foram notificadas pelo sistema de saúde. Desse total, cerca de 79% dos casos são de crianças menores de 5 anos.

No mesmo período, 36,8 mil adolescentes e jovens entre 13 e 24 anos se contaminaram com o vírus HIV. Mais da metade de todas as novas infecções por HIV, atualmente, ocorre em jovens de 15 a 24 anos de idade. Em todo o mundo, estima-se que existam 11,8 milhões de jovens de 15 a 24 anos infectados.

Na infância, a principal causa da doença é a transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho, durante a gravidez ou no parto. Por isso, o teste de HIV nas gestantes é importante para evitar a contaminação. "Se a aids for identificada na pessoa durante a gestação, é possível, na maioria absoluta dos casos, conseguir evitar a transmissão da mãe para o filho", afirma o oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi.

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Segundo o coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, o Brasil ainda enfrenta problemas operacionais para garantir o acesso universal à prevenção e o tratamento dessa doença. "É importante dizer que o país está enfrentando alguma dificuldade operacional, não por falta de medicamento, mas por falta de uma adesão maior do serviço de saúde", admitiu o coordenador.

Chequer afirmou que o principal problema é garantir a existência dos serviços públicos especializados em aids nas pequenas cidades do país. "O que ocorre, na região Norte principalmente, é que os serviços existem nas capitais, ou nas poucas grandes cidades da região", explicou.

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