Sem arrependimento

Caso Eloah: polícia revela os planos da sequestradora da criança

Foto: Arnaldo Neto / reprodução AEN.

A mulher que raptou a menina Eloah Pietra Almeida Alves dos Santos, no bairro Parolin, em Curitiba, não tinha passagens pela polícia e tudo indica que agiu sozinha. Ela tem 40 anos e segue presa. A criança estava desaparecida desde quinta-feira (23) e foi encontrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (24) no município de Campo Largo, na região metropolitana da capital paranaense.

Em coletiva de imprensa concedida neste sábado (25), em Matinhos, no Litoral do Paraná, o delegado Thiago Teixeira, chefe do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial), informou que no depoimento, a mulher apontada como criminosa não mostrou arrependimento.

“É um caso isolado. Ela relatou que o objetivo dela era criar essa menina como se fosse filha, e em nenhum momento ela se mostrou arrependida. Nos sistemas não foram encontrados nenhum tipo de passagens ou boletins semelhantes a esse”, disse Thiago Teixeira que ainda informou que a mulher é mãe de um jovem de 23 anos.

A ação

A mulher que está detida estava à procura de uma criança, e abordou algumas em Campo Largo anteriormente do sequestro. Sem atingir o objetivo, decidiu ir até o bairro Parolin. Um dia antes da ação criminosa, chegou a ver Eloah andando pela rua com a mãe.

Para a delegada Patrícia Paz, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), os pais de Eloah não foram negligentes com a menina.

“Ouvimos pessoas da comunidade e do sistema de saúde que atuam ali. Esses servidores afirmaram que é uma família com vulnerabilidade de recursos, mas é uma família que trata as crianças, com todas as possibilidades que tem, da melhor maneira possível”, comentou a delegada.

A mulher não teve o nome divulgado detida irá responder por subtração de incapaz.

Reencontro com a família

O retorno para casa já ocorreu na noite de sexta. A criança foi inicialmente encaminhada para a sede do Tigre, e depois entregue à família. No encontro, foi notado que Eloah estava com o cabelo diferente do natural, cabelos castanhos e cacheados, e estava com os fios loiros e lisos.

“O cabelo dela foi cortado, foi pintado, foi alisado, possivelmente ali numa tentativa de que a criança não fosse reconhecida. Mas em um estado geral, o que a família pode notar é que ela tá bem, ela tá brincando, ela tá no colo da mãe, já mamou”, disse o advogado Leonardo Mestre, que representou a família do Parolin no caso.

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