Muitos especialistas afirmam que as mulheres são um problema para os boxeadores. No caso do brasileiro Acelino Popó Freitas, porém, a afirmação não é válida. Após o casamento com Eliana Guimarães, em 2001, a carreira do campeão mundial dos superpernas, versão Associação Mundial de Boxe (AMB) e Organização Mundial de Boxe (OMB), só tem mostrado progressos.
Popó trocou de empresário e de técnico, não teve mais problemas com a balança para acusar os 58,967 quilos, peso máximo da categoria, acumulou vitórias convincentes e ainda acrescentou ao currículo o importante título da AMB, ao obter o triunfo mais importante de sua carreira, em janeiro, diante do cubano Joel Casamayor.
Sempre bem-humorada, Eliana passa a maior parte do tempo ao lado do marido e esteve todo o período de treinamento para a luta contra Daniel Attah com o campeão em Poconos, na Pensilvânia. ?Com ela, sinto-me seguro, feliz e confiante para fazer meu trabalho?, afirmou Popó, que chega a ?trocar? alguns golpes com a mulher durante o intervalo dos treinos.
?A tranqüilidade e a companhia da mulher estão sendo muito importantes para o Popó nesse período de espera do combate?, afirmou Newton Campos, presidente da Federação Paulista de Boxe. ?Ele está mais maduro e concentrado.?
Outros campeões que marcaram época no boxe não tiveram muita sorte com as mulheres. O exemplo maior é o peso pesado Mike Tyson, cuja carreira entrou em declínio após um casamento conturbado com a atriz Robin Givens.
Na década de 50, aos 33 anos, Rocky Marciano pendurou as luvas ainda invicto (49 vitórias e 43 nocautes), após prometer à mulher férias eternas. Nem propostas de US$ 1 milhão para enfrentar Floyd Patterson e de US$ 3 milhões para encarar Sonny Liston o fizeram voltar ao pugilismo. Nesse caso, o esporte perdeu.
No início do século, o grandalhão Jack Johnson desafiou o racismo da seita Ku Klux Klan ao ter vários casos amorosos com mulheres brancas. Por isso, foi preso diversas vezes.