Casal morre queimado por bandidos após assalto em São Paulo

A gerente da SMR Magazine Ltda, Eliana Faria da Silva, de 32 anos, e seu marido, Leandro Donizete de Oliveira, de 31, foram mortos queimados nesta madrugada em Bragança Paulista, interior de São Paulo. O crime ocorreu após um assalto na loja em que Eliana trabalhava, conhecida como Sinhá Moça, localizada no Centro de Bragança.

Segundo informou a polícia, os assaltantes levaram R$ 20 mil em dinheiro e cheques. A gerente e caixa Luciana Michele de Oliveira Dorta, de 27 anos, e o filho do casal, Vinícius Faria de Oliveira, de 5 anos, também estavam no veículo, mas conseguiram fugir. Ambos foram levados para o pronto-socorro da Unimed e transferidos para o Hospital Universitário São Francisco. O hospital informou que o estado de saúde de Luciana, que estava na UTI adulta, era grave, e o de Vinícius, na UTI infantil, crítico. Segundo um cunhado de Luciana que não quis se identificar, a família já teria sofrido novas ameaças de morte.

O crime ocorreu por volta de 1 hora. Depois de render Eliana, Leandro e Vinícius e amarrá-los com faixas de ataduras, os assaltantes utilizaram o Palio da família para ir até a casa de Luciana. As quatro vítimas foram levadas para o bairro do Tanque onde os supostos criminosos jogaram gasolina e puseram fogo no veículo.

A ocorrência foi registrada por volta de 5 horas da manhã no 1º Distrito Policial da cidade. A Delegacia Seccional apura o caso.

O caso

O marido de Luciana, o motorista Fábio Sebastião Dorta, informou à polícia que sua mulher e Eliana saíram de casa juntas ontem. Eliana teria pedido, em um telefonema, as chaves do cofre da loja Sinhá Moça e a companhia de Luciana para ir até o estabelecimento, por volta de 22h30, porque precisava pegar dinheiro. A gerente e caixa saiu de casa para acompanhar a colega de trabalho.

Horas depois, Fábio não teve mais notícias de Luciana. Resolveu ir até a casa de Eliana. Ao passar em frente à residência, notou que havia um Kadett vermelho do outro lado da rua. A casa de Eliana estava com as luzes apagadas e o carro da família não estava no local. Dorta foi até a loja e notou que a luz do primeiro andar estava acesa, mas não havia ninguém. Ao passar novamente em frente à casa de Eliana, notou que o Kadett já não estava mais no local. Ao encontrar um carro da polícia militar, pediu ajuda.

A polícia entrou na casa, que estava com a porta destrancada. Na sala, foram encontrados pedaços de faixas para ataduras com nós e uma vela. Segundo Luciana contou ao marido, ao entrar no carro de Eliana, viu a gerente e o filho Vinícius com outros dois homens desconhecidos. O marido, Leandro, estava no porta-malas. Todos foram levados para a loja Sinhá Moça. Os suspeitos obrigaram as funcionárias a abrir o cofre.

Os supostos assaltantes teriam voltado para a casa de Eliana para pegar o Kadett. Segundo Luciana, um dos homens teria entrado no carro e o outro ficado no Palio, com as vítimas. Os dois veículos seguiram para a estrada velha de Bragança. Ao chegarem a uma rua de terra do bairro do Tanque, os suspeitos teriam jogado gasolina e colocado fogo no carro. Luciana teria conseguido fugir e puxar Vinícius de dentro do veículo já em chamas.

Quando policiais chegaram ao local, o carro estava em chamas e um dos corpos, o de Oliveira, completamente carbonizado. O corpo de Eliana ainda pegava fogo. Havia marcas feitas por um objeto cortante (provavelmente uma faca) no pescoço e na nuca. O Corpo de Bombeiros e os peritos do Instituto de Criminalística de Bragança Paulista foram acionados e seguiram para o local. A polícia civil também realizou perícias na casa de Eliana e Leandro, no Jardim São Cristóvão, e na loja Sinhá Moça, no Centro.

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