Com 310 anos de existência e uma experiência acumulada na produção de cédulas, moedas, selos postais e fiscais, além de títulos da dívida pública, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) tem como seu principal projeto este ano a modernização do passaporte nacional, que deve estar concluída em outubro.
A informação foi dada hoje pelo presidente da CMB, Manoel Severino dos Santos. O projeto é desenvolvido em parceria com o Serviço de Processamento de Dados do Ministério da Fazenda(Serpro) e objetiva a introdução de cerca de 20 elementos de segurança no novo modelo de passaporte. Com isso, o documento atenderá a todas as exigências feitas pela Interpol em termos de segurança. "O passaporte brasileiro, do ponto de vista de segurança, não ficará devendo a passaporte de nenhum país", assegurou Santos.
Ele lembrou que principalmente depois do ato terrorista de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, as exigências com relação à questão da segurança no passaporte foram aprofundadas. Como o passaporte brasileiro é muito visado em função da heterogeneidade e constituição do povo multiracial, "ou seja, chinês, português, alemão podem ser brasileiros", havia a necessidade de se adotar um conjunto de elementos de segurança que pudesse dificultar crimes como adulteração e falsificação, disse Santos.
Esses elementos de segurança estarão presentes no papel, na tinta, no fio de costura, de modo a permitir que o passaporte brasileiro esteja no nível de igualdade dos mais seguros do mundo, frisou. Segundo Santos, a CMB investiu cerca de R$ 6 milhões em equipamentos, na atualização da linha de produção do passaporte, para que os elementos de segurança pudessem ser adotados. Os investimentos em hardware e software são de competência do Serpro e não foram divulgados pelo presidente da CMB.
Ele disse aguardar manifestação da Polícia Federal e do Ministério da Justiça para que o custo dessa modernização possa ser definido. Santos acredita, entretanto, que não deve ocorrer repasse para os usuários.
