A Casa Branca rechaçou nesta quinta-feira (19) as propostas de dividir o Iraque em três regiões e de promover a retirada das tropas americanas do país. As duas sugestões constam no relatório do ex-secretário de Estado e confidente da família Bush James Baker, que foi encarregado pelo Congresso de projetar uma nova estratégia para a guerra no Iraque.

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Tony Snow, porta-voz da Casa Branca, criticou as propostas e disse que os EUA "não admitem outra opção que não seja vencer e terminar a missão". O vice-presidente americano, Dick Cheney, também afirmou que o governo "não está em busca de uma estratégia de retirada mas sim da vitória".

A administração Bush vem enfrentando nos últimos dias uma pressão crescente para rever sua estratégia de manter as tropas americanas no Iraque até as forças iraquianas assumirem o controle. E as pressões aumentaram na quarta-feira, um dos piores dias para as tropas americanas desde o início do conflito com 11 baixas.

Entretanto, até agora a Casa Branca tem resistido às sugestões de redução gradativa das forças americanas no país. Para o governo americano, seguir tais apelos significaria uma "retirada covarde".

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Mas a estratégia do governo, de treinar as forças iraquianas para assumirem o controle, parece a cada dia mais insustentável. De acordo com o Wall Street Journal, muitos oficiais do Exército americano indicados como conselheiros das forças iraquianas consideram o programa de treinamento "uma piada".

Alguns republicanos influentes também têm expressado abertamente suas dúvidas quanto à guerra. O senador John Warner, uma autoridade do partido nos assuntos de defesa, advertiu que o Iraque está à deriva. Kay Bailey Hutchinson, senadora pelo Texas reconheceu que a situação está caótica – contradizendo as declarações de Cheney, e outros neoconservadores, sobre os possíveis avanços no Iraque.

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Outra sugestão do relatório de Baker que a Casa Branca rechaçou são as possíveis conversações com o Irã e a Síria. Para Baker, os EUA deveriam pedir a cooperação desses países para pôr um fim na violência no Iraque. "Ficaríamos contentes se eles não fomentassem o terror. Mas, com certeza, isso não muda nossa postura diplomática em relação a eles", rebateu Tony Snow.